Brasil se queixa na ONU contra suposta espionagem americana

Ministros das Relações Exteriores de países do Mercosul apresentaram às Nações Unidas uma queixa formal contra as denúncias de espionagem do serviço secreto americano.

 

Ministros das Relações Exteriores de países do Mercosul apresentaram às Nações Unidas uma queixa formal contra as denúncias de espionagem do serviço secreto americano.
Os chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela estavam acompanhados do ministro da Bolívia, país associado ao Mercosul. Eles disseram ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que os programas de espionagem revelados pelo ex-prestador de serviço da agência de segurança nacional, Edward Snowden, representam uma violação aos direitos humanos e à privacidade.
E também criticaram o episódio em que o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, foi impedido de sobrevoar o espaço aéreo de países europeus porque havia a suspeita de que Snowden estivesse lá dentro.
Ban Ki-moon reafirmou a necessidade de se preservar os direitos individuais.
Foi um gesto político que o Mercosul vai reforçar na terça-feira num debate do Conselho de Segurança da ONU, que será presidido pela Argentina.
Os países do bloco querem o envolvimento da comunidade internacional para criar regras de segurança na internet. O documento entregue ao secretário-geral da ONU sugere até sanções contra os países que continuarem com as práticas de espionagem.
Jornal Nacional: O senhor acredita que os Estados Unidos possam mudar essa política por conta de um pedido do Mercosul?
Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores: Olha, está havendo um debate muito aprofundado nos Estados Unidos - que nós acompanhamos com muito interesse - no Congresso americano. Esse sinal de alerta, eu acho que é importante para que justamente se desenvolvam mecanismos de cooperação que evitem esses abusos.

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