Apagão analógico será a 26 de Abril de 2012
2011-03-07
Esta obrigatoriedade não se aplica a quem já recebe televisão por subscrição (cabo, fibra óptica, satélite ou IPTV) e a quem comprou nos últimos dois anos um televisor novo com MPEG4, o sistema utilizado pela Televisão Digital Terrestre (TDT) portuguesa, diferente, por exemplo, do espanhol (MPEG2).
“Cerca de um terço” das habitações portuguesas recebe televisão por antena, o que “não chega a 1,5 milhões de lares”, disse fonte da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). Em 2008, segundo dados do Observatório da Comunicação (Obercom), 56,3 por cento da população portuguesa utilizava exclusivamente a recepção televisiva terrestre.
Os descodificadores de sinal para os televisores já estão à venda, a preços que variam entre 35 e 215 euros, segundo um teste comparativo divulgado na edição de Março da Proteste. Contudo, os equipamentos mais baratos estão em final de comercialização e apenas descodificam o serviço de televisão e incluem leitor multimédia USD (para fotos e vídeos), não permitindo outras funções, como pausa da emissão e gravação de programas para USB.
Estas funções só estão disponíveis em caixas descodificadoras que custam pelo menos 50 euros e que, nalguns modelos, não incluem leitor multimédia. O custo da compra dos descodificadores (um por televisor) terá de ser suportado na totalidade pelo proprietário do televisor, excepto em casos especiais em que haverá direito a reembolso de “50 por cento”, disse a Anacom.
As comparticipações destinam-se às pessoas com grau de deficiência de pelo menos 60 por cento, beneficiários do Rendimento Social de Inserção e reformados e pensionistas com pensões inferiores a 500 euros, acrescentou. A fonte sublinhou que, contudo, será comparticipada a compra de apenas um descodificador por lar, sendo abrangidos somente os equipamentos mais simples, que não permitem pausa e gravação.
Antenas substituídas
Segundo a mesma fonte, “não há dados muito precisos sobre o número de antenas que terão de ser substituídas”, mas a Anacom estima que serão poucas as que não estarão aptas a receber o sinal digital. “Pode acontecer é que tenham de reorientar as antenas”, referiu, afirmando que não estão previstas comparticipações dos custos destes serviços e das substituições de antenas.
O que fazer face à introdução da TDT é uma das questões a que Sérgio Denicoli, doutorando na Universidade do Minho, pretende dar resposta no livro “TV Digital – Sistemas, Conceitos e Tecnologias”, que acaba de ser lançado.
“É um livro que procura explicar de uma forma simples o que é a televisão digital, o que é que ela vai mudar na vida das pessoas e o que vai ser preciso para que se possa assistir à televisão digital terrestre”, disse o autor.
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